Úlcera Varicosa

A insuficiência venosa crônica tem diversos níveis de gravidade, podendo se manifestar como (da menor para maior gravidade):

  • Vasinhos, chamados de teleangiectasias;
  • Grandes varizes tortuosas, alterações de pele como dermatite ocre (escurecimento da pele por deposição de ferro) ou lipodermatoesclerose (endurecimento da pele e camadas mais internas);
  • Feridas de difícil cicatrização conhecidas como úlceras varicosas ou venosas.

Estima-se que até 5% da população acima de 65 anos seja afetada por esse tipo de úlcera. A predisposição genética é o principal fator de risco para insuficiência venosa crônica, mas quando associada ao sedentarismo, obesidade e falta de prevenção, o surgimento de úlceras se torna mais frequente.

A ferida pode ter fundo avermelhado ou amarelo branquicento e situa-se habitualmente na face interna da perna, podendo causar diferentes graus de dor.

Diagnóstico

O diagnóstico da úlcera varicosa é clínico e visa, principalmente, descartar outros problemas que podem causar feridas como doenças arteriais, infecções, ou até mesmo alguns tipos de câncer.

O cirurgião vascular é o especialista devidamente capacitado para fazer esse diagnóstico podendo definir a necessidade de exames complementares e o melhor tratamento para cada caso.

Tratamento

O tratamento da úlcera venosa é dividido em 3 passos:

1. Tratamento da ferida

O tratamento da ferida visa manter a lesão sem infecção ou colonização por bactérias e fungos, garantindo a melhor chance de cicatrização possível. Para isso, por vezes, é necessário o uso de coberturas especiais (materiais industrializados).

2. Compressão

Parte fundamental do tratamento da úlcera venosa é a compressão através de meias elásticas, ataduras ou mesmo dispositivos especiais para compressão de feridas. Isto garante uma redução da pressão venosa no local, diminuindo a estase venosa e propiciando melhores condições para o fechamento da ferida.

3. Tratamento da Insuficiência Venosa

A cirurgia de varizes, nestes casos é contraindicada, porém há outros métodos disponíveis como a escleroterapia com espuma ecoguiada ou o endolaser.